quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Por que inovar?

Segundo a revista norte-americana Business Week, o processo de inovação consiste em recriar modelos de negócio e construir mercados inteiramente novos que vão ao encontro de necessidades humanas não atendidas, sobretudo para selecionar e executar as ideias certas, trazendo-as para o mercado em tempo recorde.
Entretanto, inovar não e uma tarefa fácil: segundo o grupo Doblin (2007), apenas 4% dos novos produtos lançados nos Estados Unidos são bem-sucedidos no mercado. Tradicionalmente, inovar no meio empresarial significava buscar novas soluções tecnológicas. No entanto, nos anos 90 a disseminação do Total Quality Management – uma filosofia de gestão criada por Deming (1986) que visa o aprimoramento continuo da qualidade de produtos e processos – fez nascer um novo caminho para a inovação: para inovar era preciso não apenas buscar novas soluções tecnológicas, mas também explorar novos mercados. Assim, além de criar novas formas de contato com o cliente, abriam-se também novos caminhos para satisfazer as necessidades destes.
Com o passar do tempo, empresas passaram a perceber que já não bastava oferecer apenas superioridade tecnológica ou excelência em desempenho como vantagem mercadológica, pois tanto as companhias de pequeno quanto as de grande porte espalhadas pelo mundo já haviam começado a se adequar a esta realidade. No cenário de competição global que em breve se tornaria vigente, inovar seria uma tarefa árdua e muitas vezes frustrante. A dificuldade de obter diferenciação de mercado sobre a concorrência seria cada vez maior.
Os profissionais precisam ser “em forma de T”, ou seja, em um sentido elas precisam saber se relacionar com pessoas de outras áreas, com respeito e com um comportamento colaborativo. Em outro sentido (formando um T), precisam ter profundidade em seu “metier”, isto é, em seu campo de atuação, para que outros possam contar com sua participação, confiando totalmente em suas contribuições.
 Porém, não ajuda muito identificar os mais brilhantes profissionais, reuni-los em equipes interdisciplinares e colocá-los em rede com outras pessoas/equipes, se eles forem forçados a trabalhar em um ambiente que destrói suas criações desde o início. É preciso ter um espaço de inovação, onde haja espaço e suporte financeiro para a inspiração, ideação e implementação de novas ideias.
Transformar equipes grandes em várias equipes menores. Equipes de equipes. Tim Brown fala em seu livro Design Thinking - Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas idéias que “boas ideias raramente são geradas de acordo com alguma programação ou cronograma e podem morrer nos intervalos entre reuniões semanais” por isso o livro sugere utilizar sistemas interativos para postar ideias. Para que elas não sejam perdidas nos intervalos.
As equipes pequenas podem se unir na hora da execução.
Novos caminhos precisavam ser traçados, não apenas para garantir o êxito das empresas, mas, principalmente, sua sobrevivência. Foi buscando novos caminhos para a inovação que se criou o que hoje é conhecido como “Design Thinking”: uma abordagem focada no ser humano que vê na multidisciplinaridade, colaboração e tangibilização de pensamentos e processos, caminhos que levam a soluções inovadoras para negócios.

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