O Design Thinking é uma metodologia
difundida pela Ideo,
consultoria global de design que expandiu o método para a área de educação, com o objetivo de desenvolver o
pensamento crítico e a capacidade de inovação dos estudantes. A
metodologia é organizada em cinco etapas: descoberta, interpretação, ideação,
experimentação e evolução. Para cada uma delas, são oferecidas dicas de como
organizar as ideias, formatar listas, usar post-its, histórias inspiradoras,
fotos, aplicativos para tablets, celular etc.
O objetivo é trazer uma proposta
para educadores e gestores criarem e encontrarem soluções criativas para o
processo de ensino e aprendizagem focando na cocriação, na colaboração de todos
para se chegar a um objetivo comum. A técnica desperta nos profissionais
da área de educação encontrar formas de aplicação do conceito em diferentes
ambientes escolares, tendo em vista o incentivo à ação colaborativa e
participação ativa dos alunos.
Como funciona cada fase do design thinking
Descoberta
- Na descoberta, os alunos definem em grupo quais são suas principais
necessidades e chegam aos problemas para os quais é preciso buscar
soluções.
Interpretação
- Procura-se inspirações, unem-se ideias e insights até que um ponto de
vista seja definido para o desenvolvimento da etapa de ideação.
Ideação
- Está aberto o espaço para um brainstorming, buscando-se muitas e
diferentes ideias. A ideação também inclui o preparo de um plano mais detalhado
de ação, usando os conceitos levantados durante as fases anteriores.
Experimentação
- Inclui a aplicação de iniciativas e testes que coloquem em prática ao
menos parte das conclusões tiradas em fases anteriores.
Evolução
- O objetivo é desenvolver o conceito inicial através dos testes
realizados e do retorno conseguido por meio da solução criada. Essa etapa
geralmente acontece com a observação da evolução da iniciativa com o passar do
tempo.
Cases de Sucesso:
O
site Design Thinking for Educators reúne algumas iniciativas
nos EUA que se destacam na aplicação do design thinking em ambientes
educativos. Um exemplo é o caso da escola Ormondale Elementary, da Califórnia.
Para criar uma experiência de aprendizagem conectada às novas tecnologias, a
escola aplicou o método durante um ano com alunos e professores. Eles
investiram no conceito deaprendizagem investigativa, no qual os alunos são vistos
não como receptores de informação, mas como formuladores de conhecimento. Para
colocar isso na prática, a escola desenvolveu ferramentas digitais de auxílio
aos professores e estudantes, formas inovadoras de comunicação com os pais dos
alunos e até mesmo uma renovação física da sala de aula, criando um ambiente
mais amigável e aberto à colaboração e troca de ideias.
Essa
mudança do espaço de aprendizagem também está acontecendo no Brasil. Mais
especificamente, para os alunos da FEA, na USP. Silvia Casa Nova, integrante do
projetoFEA Futuro, que busca inovações no campo da
aprendizagem, conta que está sendo desenvolvida, dentro da biblioteca da
faculdade, uma sala que favorece o uso do método entre alunos e professores.
“Queremos que o espaço potencialize a principal característica do design
thinking: a flexibilidade. Por isso, o ambiente vai contar com mesas, quadros
brancos, pufes e até divisórias que poderão ser facilmente deslocadas”, conta
Casa Nova. A ideia é usar a sala para aproximar professores e alunos na tomada
de decisões e em dinâmicas em busca de soluções no campo didático.
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