Conceitos:
A gestão da produção é uma atividade que atinge a
todos os ramos de organizações (indústria, comércio e serviços); ela está em
todos os sectores da organização. A sua dinâmica de operacionalização ocorre através
da utilização das funções básicas da gestão (Planejar, Organizar, Liderarar,
Controlar e Coordenar), com o objetivo de promover com êxito as atividades
inerentes à empresa. Segundo Slack (1996, p.34) a produção é a função central
das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo
principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.
A Administração da Produção ou Administração de
operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo
desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços. Embora
“Produção” seja uma funcionalidade da organização, sendo a responsável pelo
processo de transformação e, processos de transformação são os responsáveis
pela geração de bens (produtos e serviços) e entendê-lo como a sequência de
atividades que formam a cadeia de operações finalísticas.
“A Administração da Produção e Operações é o
estudo de técnicas e conceitos aplicáveis à tomada de decisões nas funções de
produção (empresas industriais) e operações (empresas de serviços)”. (Daniel
Moreira)
Gestão da produção ou gestão de operações é a função administrativa
responsável pela produção de bens e serviços. A função produção se preocupa
principalmente com os seguintes assuntos:
·
Estratégia de produção: as diversas formas de
organizar a produção para atender a demanda e ser competitivo.
·
Projeto de produtos e serviços: criação e melhora
de produtos e serviços.
·
Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos
produtivos.
·
Arranjos produtivos: produção artesanal, produção
em massa e produção enxuta.
·
Ergonomia
·
Estudo de tempos e movimentos
·
Planejamento da produção: planejamento de
capacidade, agregado, plano mestre de produção e sequenciamento.
·
Planejamento e controle de projetos
Entradas – Transformação – Saídas
Produzir é comprar
insumos, é produzi-los em forma de produtos ou serviços, a serem distribuídos,
armazenados, revendidos e finalmente ofertados ao consumidor final. Quando um
produto chega às mãos de um consumidor, a empresa também está transferindo
valores de marca e produtos aos seus consumidores, e a toda cadeia de produção
e distribuição.
O processo
produtivo consiste na transformação de entradas (de materiais e serviços) em
saídas (de outros materiais e serviços). É o que chamamos de Transformação, ou
seja, o uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir
saídas. A maioria das operações produz tantos produtos como serviços. Os
processos de transformação podem ser de vários tipos:
- De materiais -
processam as suas propriedades físicas (forma, composição,
características), localização (empresas distribuidoras ou de frete) ou
posse (empresas de retalho).
- De informações -
processam a forma da informação (ex. contadores), localização (ex. empresa
de telecomunicações) ou posse (ex. consultoria, serviços de notícias,
etc).
- De consumidores –
processam condições físicas (ex. médicos), de localização (acomodação: ex.
hotéis), de estado psicológico (indústria do entretenimento), etc.
A “Produção” como administradora do processo de transformação
deve consagrar-se à todas as atividades pertinentes à consecução dos
resultados, a saber:
- qualidade do material a
ser usado,
- movimentações e estocagem (logística de entrada),
- suprimento da linha de montagem (logística interna),
- manufatura,
- acompanhamento do processo (auto controle),
- qualidade de semi acabados e produtos,
- armazenagem final (logística de saída).
A Administração da Produção, macro atividade que
se encontra no centro da Cadeia de Valor e no seu caminho crítico. As ações
nesta área são relevantes sob todos os aspectos, para o sucesso do
empreendimento, visto ser a principal responsável pelo índice de eficiência e,
embora não tenha contato direto com o cliente final, participa
preponderantemente das variáveis que compõem o índice de eficácia.
Conceito de Valor
Cadeia de valor
são as atividades referentes a produção, distribuição, compra e venda
desempenhadas desde o fornecedor até o ponto de venda. O conceito de “cadeia de
valor” é de autoria de Michael Porter, que o publicou em 1985, na obra “Competitive
and Sustaining Superior Performance”.
O
conceito surgiu de uma profunda análise das atividades estratégicas das
organizações produtivas, estudando os seus custos, comportamentos,
oportunidades e ameaças. Porter concluiu que a empresa que oferece o menor
custo e a melhor qualidade será fortemente competitiva no mercado.
Michael Porter em sua terceira estratégia de
mercado sugere que a cadeia de valor de uma empresa que pretenda conseguir a
vantagem competitiva deve iniciar na logística de entrada (recebimentos) e
continuar com operações, logística externa (distribuição), marketing e vendas e
suporte ao cliente (Assistência. Técnica) – ensinando-nos que devemos orientar
o processo pelos fins a que se destinam, quais sejam: processos de fabricação e
de negócios. Embora discorde da inclusão do marketing na cadeia, visto para mim
ser uma função de inteligência empresarial e não, de negócios.
Na estruturação de uma cadeia de valor
identifica-se as atividades primárias que abrangem a logística (interna e
externa), as operações, o setor de marketing, e as ações de vendas. Está envolvida
também com o setor de compras (qual fornecedor contratar?), desenvolvimento e
aquisição de inovações tecnológicas, recursos humanos, capacitação e gerência
de infraestrutura interna.
Quando a empresa consegue fortalecer seus elos de
cadeia de valor ela passa a ter maior capacidade de conquistar a sua vantagem
competitiva no mercado, por meio de ações internas (planejamento, compra,
produção, venda) e externas (fornecedor, distribuidor, comprador atacadista,
comprador varejista, consumidor final).
Download do material:
http://pt.slideshare.net/ColegioOBomPastor/aula-1-administrao-da-produo